O tempo não para!
Ele caminha célere, sem perder um só minuto!
Chegou ao fim mais um ciclo
que já vinha há muito se arrastando…
Sem cerimônia, nem lutar
deixou-se soterrar por outro em seu lugar.
Agora, que o novo já estreou
e que o seu ineditismo
foi ofuscado com o passar dos seus dias,
constrangendo a minha esperança
levando-a a pouco esperar.
Vejo ser tarde.
De início, os novos dias caminharam
sonolentos e sorrateiros
se aproveitaram da minha desatenção
ganharam ritmo e lá se vão...
E quando me atentei
já estavam a todo vapor
sendo tarde para se opor…
Vão me empurrando a contragosto
de volta a uma pressa angustiante
da qual já sou conhecida presa.
O tempo não para...
Ele não se submete a doma
frustrando o meu pobre domador
que se vê a galope desenfreado
em direção ao vale da morte, da dor.
Corri tanto atrás do tempo,
ombro a ombro e até na frente,
eu sempre me peguei correndo,
Sem nunca lhe alcançar…
Mas, o tempo não para,
ele nunca se cansa,
gigante da minha alma
Ele sempre ganha!
A vida vem me ensinando
em seus segundos, minutos e horas
que os dias sempre se vão
querendo eu ou não.
Vítima da falta de tempo
busco além uma solução…
Penso ser hora de quebrar o relógio
como última opção!
Rogério Alves.
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