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Brincar de Fazer

Foto do escritor: Rogério Alves da SilvaRogério Alves da Silva

Em uma época longínqua, existiram crianças estranhas, que fabricavam brinquedos, que os inventavam, que pintavam e bordavam, elas eram destemidas... e o estranho é que até hoje elas contam que eram  felizes.



Como era raro encontrar um besouro de chifres, um daqueles grandões, mas, quando eu o encontrava, com todo cuidado eu o guardava em uma caixa ou gaveta, até o dia seguinte. Eles sempre apareciam à noite, atraídos pela luz do alpendre.


Ansioso, eu levantava bem cedinho, tomava meu café com leite e comia rápido a casca do pão com manteiga, reservando um pouco da bebida para o glorioso final: saborear uma dezena ou mais de pãezinhos feitos com o miolo retirado delicadamente de dentro da casca dura e enrolados um a um, formando uma fila na ordem que seriam devorados.



Aí sim era hora de libertar o grande besouro de chifres e ir em busca dos acessórios para a construção de sua carroça; era preciso a parte onde ficam os palitos de fósforo, dois pedaços de linha 10, a caixinha era furada, as duas pontas amarradas à caçambinha e a volta da linha presa no chifre do gigante, estava pronta a carreta que ele arrastava  sem dificuldade nas estradas feitas no monte de areia nos fundos do quintal.


Eles são incrivelmente fortes, verdadeiras miniaturas de monstros; a disputa entre nós era para ver quem conseguiria o maior, o mais forte. Nós viajávamos nas competições entre os pequenos gigantes e seus magníficos chifres.


Todo o processo de construção e o brincar levavam horas, duravam até alguém se entediar e propor uma nova aventura, aí era hora de soltar os gigantes, a gente sempre ouviu que era pecado maltratá-los e que devíamos libertá-los (conselho de mãe), só assim eles voltariam em uma outra noite para uma nova aventura.



Era um mundo lúdico, todos os dias eram mágicos, cheios de novidades e de grandes aventuras.


Eu lembro de todas elas!


Rogério Alves 


73 visualizações1 comentário

1 Comment


modesto_tv
modesto_tv
Feb 17, 2024

Não sou um saudosista, mas tenho boas lembranças dos meus tempos de meninos. Certamente, diferentes dos dias atuais! Não digo se são melhores ou piores, apenas diferentes! Espero que a garotada de hoje tenham boas lembranças daqui a cinquenta, sessenta anos!!!

 

  

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